O Azul da Prússia é com certeza uma das substâncias mais interessantes e desconhecidas do mundo! Hoje vamos aprender mais sobre o que é esse azul especial, em que condições foi criado, quais os seus impactos na humanidade e qual sua história.
Preparados? A história do Azul da Prússia está recheada de misticismo e ficção científica. Venha conhecer!
O que é o Azul da Prússia?
O Azul da Prússia hoje é o nome de uma tonalidade de azul, mas o nome também pode significar uma substância alquímica e até mesmo um remédio contra a radiação.
A origem do nome Azul da Prússia se refere a uma tentativa de obter um pigmento de cor vermelha, que, porém, ao ser combinado com substâncias de um laboratório de um cientista alquimista, o Johann Conrad Dippel, resultou no Azul da Prússia. Vamos conhecer mais sobre o assunto.
Qual a história do Azul da Prússia?
Pode parecer piada, mas o Azul Da Prússia tem sua origem no Castelo Frankenstein. Muitos ainda não sabem, mas o Castelo Frankenstein existe de verdade e foi o que motivou a escritora Mary Shelley a escrever seu romance sobre o monstro de Frankenstein, que hoje é um símbolo do terror na cultura pop.
Durante o século 18, esse castelo era habitado pelo alquimista Conrad Dippel, que frequentemente realizava alguns experimentos no local, heterodoxos, o que acabou causando até mesmo a ira da população local algumas vezes. Conrad, no entanto, tinha alguns amigos, entre eles Johann Jacob Diesbach, que realizava o extinto ofício artesanal de criação de cores.
Jacob criava pigmentos que seriam utilizados para dar cor a outros produtos, algo que hoje em dia já foi substituído pela industrialização. Um dia Jacob precisava de uma substância chamada potassa para criar um pigmento carmesim, como não o tinha, emprestou do seu amigo Conrad.
Jacob realizou o preparo, como de costume, porém no outro dia depois da substância descansar no lugar de carmesim havia um azul muito exótico. Isso foi um choque, pois pigmentos azuis na época eram raros e muito difíceis de serem obtidos. Isso só aconteceu porque a potassa que Conrad emprestou para Jacob estava misturada com um pouco de sangue.
O criador de pigmentos, Jacob, reconheceu imediatamente o valor da substância e enriqueceu bastante com sua venda. O azul foi adotado pelo exército da Prússia, e daí o nome, Azul da Prússia.
Para que serve o Azul da Prússia?
Inicialmente o Azul da Prússia foi um pigmento novo inventado, porém, a medicina descobriu nessa substância um valor incalculável: a cura de pessoas que foram infectadas com a radiação. Sim, exatamente isso! O pigmento pode ser ingerido por quem foi contaminado com radiação para “desintoxicar” o indivíduo.
Como funciona o Azul da Prússia?
O Azul da Prússia hoje é usado na medicina como uma pequena cápsula que o usuário ingere. No organismo, o Azul da Prússia age como se fosse um absorvente, puxando para si as substâncias que infectou o paciente como o ferro Tálio e a radiação do Césio, o Azul da Prússia também faz com que a radiação saia do corpo mais rápido do que sairia normalmente.
Quem pode tomar o Azul da Prússia?
A cápsula que ainda é chamada de Azul da Prússia é recomendada para quem se contaminou com Césio ou Tálio. O Azul da Prússia também é usado por médicos para detectar infecção por chumbo e outros metais perigosos. Tanto em pacientes quanto em biópsias.
Qual a importância do Azul da Prússia?
Cientistas já declararam que se não fosse esse feliz acidente que deu origem ao Azul da Prússia muito provavelmente demoraria anos, talvez décadas para que uma teoria chegasse até o mesmo composto ou outro com efeito similar.
Além de ser uma droga que cura, o Azul da Prússia também foi amplamente usado nas artes e ajudou a produzir obras-primas como A Grande Onda de Hokusai ou o Enterro de Cristo de Van Der Werff.
O Azul da Prússia tem, sem dúvidas, uma das histórias mais curiosas do mundo da ciência, valeu a pena conhecê-la, não é?
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